Fernando de Noronha: acesso para poucos

(Reprodução/Internet)

Morar no arquipélago de Fernando de Noronha é sonho de muitos. Mas, para viver nesse pequeno paraíso é necessário ter um documento de permanência. Só que para muitos o sonho para por aí, pois, conseguir uma identidade noronhense é mais difícil do que conquistar um green card norte-americano, segundo os habitantes do local. Agora, os moradores da ilha são obrigados a ter um cartão magnético de acesso emitido pela Econoronha, uma empresa de iniciativa privada, para visitar as belas praias.

Os turistas que chegam a ilha de Noronha já tinham como obrigação o pagamento de uma taxa ao Governo do Estado de Pernambuco, conhecida como Taxa de Proteção Ambiental (TPA) cujo valor varia de acordo com o número de dias de permanência na ilha. Essa taxa é cobrada no aeroporto, no desembarque.

Os turistas brasileiros pagam R$ 65 por um bilhete com validade de 10 dias e os estrangeiros, R$ 130, para terem acesso a algumas áreas da Ilha de Fernando de Noronha. Para ficar uma semana na ilha o visitante terá que desembolsar R$ 267,84. A partir de 10 dias de permanência, o preço cresce de maneira gradativa. Para quem decidir ficar por 30 dias em Noronha irá pagar R$ 3,5 mil.

Os moradores questionam a atual situação em que a ilha se encontra. Com a Econoronha (filial da empresa Cataratas do Iguaçu S/A) administrando a ilha aos poucos a área vem sendo descaracterizada com a implantação de guaritas e catracas e o cerceamento da liberdade dos habitantes do local.