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BAGAGEM PRONTA - Diante do turismo cada vez mais frequente nas comunidades do Rio de Janeiro, gestores, profissionais e estudiosos da área se reuniram (14) e 15/4 para discutir os impactos desse novo mercado e de um futuro sustentável da atividade turística dentro das favelas.
O evento ocorre na biblioteca da favela da Rocinha, na zona sul do Rio, que recebe cerca de 2 mil turistas brasileiros e estrangeiros por mês, por meio de serviços de Jeep Tour e de passeios a pé, de moto ou de vans, com guias locais ou não.
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As visitas guiadas nas favelas, que ganharam força após a instalação das unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), recebem críticas de diversos segmentos. Alguns ativistas comunitários se opõem ao trabalho das grandes operadoras de turismo e falam em safari, folclore e exploração da desgraça alheia para descrever a modalidade. Assessora de parcerias do programa Rio + Social e um das organizadoras do encontro, Tita Tepedino disse que um dos principais objetivos do evento é discutir os desafios para um turismo que respeite os moradores.
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"Estamos promovendo essa discussão com diferentes públicos, para que sejam levantadas todas as possibilidades de viabilizar um turismo sustentável e digno, que respeite as comunidades. Além disso, queremos pensar na melhor forma para que os moradores consigam cada vez mais espaço nesse segmento, mostrando, ao mesmo tempo, todas as potencialidades de sua região, e não apenas as fraquezas", explicou Tita.
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Coordenador da organização social Observatório das Favelas, o geógrafo Jorge Luiz Barbosa avaliou que a maior mudança trazida pelo mercado turístico nas periferias foi a visibilidade para essas regiões. "Hoje, eles (os moradores) conseguem atrair a atenção para sua cultura, sua arte e isso promove uma encruzilhada: por um lado, faz com que a favela se afirme com seus pertencimentos, potencialidades e contradições, mas por outro ela se transforma em "commoditie", virando um espetáculo a ser vendido e isso não contribui para superar as desigualdades", acredita.
Pensou Cultura, a Cultura entrega
Barbosa propõe um intercâmbio cultural como prática mais adequada de turismo. "Aquele que chega à favela tem que conhecer de fato o local, as pessoas, suas práticas e suas vidas para ter uma experiência realmente enriquecedora. É preciso tornar a favela um espaço de compartilhamento de vivências humanas, tanto dos moradores, quanto dos visitantes. O Estado deve ajudar, garantindo segurança, mobilidade, limpeza e acesso a equipamentos culturais, criando possibilidade de encontro e fazendo com que os moradores das comunidades sejam respeitados e reconhecidos como sujeitos de direitos e não como clientes ou consumidores", opinou.
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Entre os temas que serão discutidos amanhã estão Rede de profissionais de turismo, Dados econômicos de favela e Ações e Perspectivas das políticas públicas em turismo para as comunidades. O evento é organizado pelo Rio + Social, do Instituto Pereira Passos, órgão da prefeitura do Rio voltado para o planejamento urbano, e pelas secretarias municipal e estadual de Turismo.
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